Amasso a ponta do cigarro no meu pé
seguro firme minha guitarra contra o peito
deixo o silêncio no passado e canto
‘o que tá feito tá feito’
tá quente que nem o sol da Baia
me salta que ali não é lugar
nem Exú encara esse desaforo.
Tudo circula bem antes de voltar
Não quero chegar
Aonde vou ficar?
Meu Deus pra que tanto rezar?
Será que tudo é de olhar?
Como fica se parar?
Tô na encruzilhada, vei
Nem se quisesse podia retornar
Eu vou é dançar nessa parada
Amasso a camisa na minha cara
Aqui “sua” muito bem cedo
Nem precisa saber que vai chover
É que tô sempre com medo
Pra quê me olhar tão fixo assim?
Você sempre vai subir uma ladeira, mesmo
Vai sempre olhar pra Casa Vermelha
Fatumbi fecha mais cedo essa janela de madeira!
Agora, de verdade, cuidado com a arma
Que tens sobre o pescoço
Nem toda Regional te salva de um ‘ferro’
Sofrer não vale o esforço.