Eu não sou poeta!
eu me movo
com certas palavras e cores
do mundo grande sem profetas
Que os campos têm provavelmente mais flores
Eu ainda não vi nenhum dia
Nada que me fizesse perder a esperança que se aproxima
de uns certos simples rumores
Coisas que dizem meu coração
coisas para qual eu temia ver e queria,
com certeza, poder inventar uma palavras para isso
mas, como dizem, não sou poeta então.
Carro que me leva não me trás se quiser
e é hora de chover para poder pisar na poça
e ficar te esperando sozinho
te esperando para ver o que vou te dizer de pé
Para algo mais eu fico só olhando
coração agradece se toco meu próprio peito
Sentir felicidade não é coisa de quem escreve
é coisa de quem lê outra face pensando
Se não dá para ver a noite impede crer
eu simplesmente finjo não temer nada
pois, é claro, eu quero ver o abrir do dia
E pintar quadros com Sol e sua letra de nome tecer
Pois se noites longas não durmo bem
Durmas por este que dizem poeta não ser
Poeta finge muito bem, eu não
Só ligue para quem de longe vem
Que assim me aquieto com te ver
Pois não sou poeta
Sou outra coisa que quero pra mim
Sou aquele que vai escrever e dizer “você”: você!
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