Eu amo Anie Puskals

Leia o capítulo 1 de “O Surpreendente Caso de Anie Puskals”

Leia o capítulo II

Reparei que havia um jovem ajoelhado na neve, contemplado o quarto de Anie, ou a falta dele. Não conhecia aquele magrelo. Mas, meu filho se apressou e retirou o jovem do meu da rua. O menino de olhos estufados e com, ora vejam só, barba por fazer e cabelo curto, abaixou sua cabeça e começou a chorar no ombro do meu filho. Enquanto eles entravam para dentro de casa, mandei meu cachorro voltar. À princípio, o animal não quis ir embora, mas depois que ameacei de batê-lo com minha bengala ele colocou o rabo entre as pernas e correu chorando.

– Ande logo! Pare de miar feito um gato de rua! Vá! – e se foi. Assim que vi o animal dobras a rua, dobrei para dentro da casa do meu filho.

A primeira coisa que consegui distinguir foi a saliência da mulher do meu filho. Ela não conseguia parar de chorar, apesar de estar aparada por seus pais, que já estavam ali e moravam perto, afinal de contas. Cumprimentei os dois senhores mas não consegui olhar para o rosto da minha filha. O rosto dela me lembraria o de Anie. Continuar lendo “Eu amo Anie Puskals”

“Anie Puskasls, minha neta”

Leia a primeira parte aqui.

Eu costumava levar Anie para a escola. Nunca vi menina mais atrevida! Ela não se intimidava nem com os meninos. “Eles têm cheiro de cachorro molhado”, dizia. Não parecia com o pai, que fora sempre muito tímido e sisudo quando criança e por isso era uma menina muito querida.

Anie era brincalhona e, para minha total surpresa, muito chorona. Qualquer coisa que lhe desagradasse, chorava.

Chorava! Continuar lendo ““Anie Puskasls, minha neta””